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O reinado de Pipo Pegoraro

Lado B Pipo Pegoraro é cantor e compositor. Toda semana o músico reserva um espaço para exercer sua atividade menos conhecida, seu lado B. “Gosto muito de ficar no jardim de casa cavocando, plantando, podando e fazendo o que as plantas pedem para ser feito. Semanalmente arranjo um tempo para ficar ali reinando.”

Primeiros sons – O artista conta que seu interesse por plantas vem desde criança. “Na casa dos meus pais tem uma área na frente em que eles plantam várias flores e sempre foi um lugar recorrente em minha infância e minha vida”, diz. “Depois que mudei para minha casa atual, nosso quintal virou esse espaço naturalmente.”

Capa – Cultivar esse contato com a natureza vivendo numa grande metrópole é indispensável para Pipo. “Quando se mora em uma cidade com tanto concreto como São Paulo, ter essa conexão com o telúrico (em sentido bem amplo) é essencial. Que seja num jardim, num parque, numa horta… essa ‘aproximação’ dá um alívio tremendo e faz lembrar que debaixo de todo o cimento tem uma terra viva onde brotam coisas o tempo todo. É muito especial ver uma flor nascer.”

Diana Basei

Crédito: Diana Basei


Produções musicais de Pedro Luís

Lado BPedro Luís é cantor e compositor do grupo Pedro Luís e a Parede, além de um dos fundadores do bloco de carnaval Monobloco. Sua faceta menos conhecida também faz parte do universo artístico. “Meu lado B é o de produtor musical e sempre que há demanda, lá vem ele fazer parte de meu dia a dia.”

Trilha sonora – O músico conta que essa atividade foi chegando por acaso na vida dele. “Por trabalhar com música desde a adolescência e aprender a fazer tudo com as próprias mãos acho que isso fez com que os amigos e conhecidos me demandassem esse tipo de atividade. É bem verdade que tomei gosto e já tive o prazer de produzir coisas bem interessantes, de trilhas de cinema a CDs”, diz.

Capa – Quer saber por que o lado B de Pedro Luís é indispensável? Ele explica. “Porque sempre me traz novos ares e referências, o que é fundamental para a criação artística.”

Crédito: Jorge Bispo


A paixão noturna de Cícero

Lado BCícero é cantor e compositor, graças ao seu lado B,  sua característica pouco conhecida: “Gosto da rua de noite”, diz. Mas não pense que essa admiração dele é recente. Além de já tê-la adquirido há bastante tempo, ainda rendeu ao músico muitas surpresas na vida. “Nasci assim… fui descobrindo o mundo e as coisas dele e minhas.”

Capa – Agora é a vez de você descobrir porque o lado B de Cícero é tão indispensável para ele. “Porque ele inventou o lado A”, conta. Para conhecê-lo, acesse aqui o site do cantor e baixe seu mais recente trabalho, Canções de Apartamento.


Desenhos de Filipe Catto

Lado BFilipe Catto é cantor e compositor. Mas é longe do palco que o músico demonstra outra habilidade especial, sua faceta menos conhecida, seu lado B: desenhar. “Adoro ilustração, pintura, essas coisas. Sempre que eu posso, fico rabiscando. Achei até que um dia pudesse fazer isso da vida, mas hoje me contento em deixar isso pra mim.”

Complementos – Ele conta que cultiva o hábito desde criança. Eu sempre adorei.” Filipe explica que hoje seu lado B é indispensável porque o ajuda a visualizar coisas que estão na cabeça dele. Quando eu desenho, as ideias meio que viram realidade. Eu consigo transmitir melhor o que quero pra arte gráfica do meu trabalho, como quero o cenário do show… uma coisa complementa a outra.”

Filipe Catto se apresenta no Sesc Pompeia dia 27 de janeiro, às 21h. Crédito: Caroline Bittencourt.


Talyson Rodrigues perto da música

Lado B – Talyson Rodrigues é estudante. Na adolescência, em Minas Gerais, seu atual lado B era sua atividade principal: cantar. “A minha paixão por música, de fato, começou quando eu e alguns amigos resolvemos montar uma banda de rock, quando ainda nem sabíamos o que cada um faria. A única coisa que tínhamos em mente é que teríamos uma banda. Naquela época não imaginava que poderia ter dado tão certo.” Ele conta que depois de um tempo, o grupo acabou. A vontade de cantar não. Solução? Juntar-se ao amigo Nathan, craque no violão. “Nathan e eu começamos a fazer apresentações em alguns bares de Campos Gerais (minha cidade natal) e das cidades vizinhas. Ganhamos um dinheirinho bom. Dinheiro que me ajudou bastante nos primeiros meses aqui em São Paulo.”

Rock – A parceria só ficou abalada quando Talyson entrou na faculdade.

Foto de divulgação do cantor Talyson Rodrigues

“Quando resolvi estudar jornalismo fui obrigado a abrir mão da música e me dedicar à faculdade. Os shows começaram a ser menos frequentes e a minha parceria com Nathan quase acabou”, recorda. “De um ano para cá, a minha veia musical começou a pulsar um pouco mais forte e voltamos, eu e Nathan, com mais vontade de tocar. Montamos então uma banda nova, de rock’n roll. Estamos novamente fazendo shows em Minas e, como cada integrante da banda mora em um lugar, aproveitamos a internet para fazer ensaios. Tem dado certo.”

Primeiros sons – O interesse de Talyson pela música nasceu na escola, aos 13 anos, com a turma de amigos. “Resolvemos começar aulas de violão com o mestre Biza na cidade de Campos Gerais. A princípio ninguém sabia das dificuldades de ser músico, queríamos nos divertir e nos aventurar. Quando cada um escolheu o instrumento que queria tocar, eu vi uma vaga que nunca havia pensado na vida em preencher: a de vocalista de uma banda.” Depois da escolha, o comunicado. “Cheguei com toda a confiança do mundo para os meus amigos e disse que seria o cantor. Eu nunca havia cantado a não ser no chuveiro, mas enfrentei o desafio. Já se passaram oito anos e eu acho que até então tem dado certo. Aprendi bastante e pretendo aprender ainda mais.”

Último volume – Hoje a música na vida do talentoso cantor é indispensável. Na época em que ele veio para São Paulo estudar jornalismo, percebeu a falta do canto no dia a dia. “Mesmo sendo um compulsivo consumidor de música, eu não estava atuante naquele momento”. O desejo voltou à tona durante um passeio com amigos. “Um dia eu fui a um bar com amigos do trabalho e tinha uma banda tocando. Fiquei desconcertado rememorando os meus dias musicais. Foi aí que eu percebi que é uma espécie de vício. Um vício virtuoso e saudável, se é que assim posso definir. Hoje não me vejo longe da música novamente, nem me atreveria.” Boa notícia para os fãs do cantor.


O silêncio criativo de Gunnar Vargas

Lado BGunnar Vargas é cantor e compositor. Fora do palco, continua exercitando sua criatividade, especialmente quando assume seu lado B.

“Gosto muito de escrever ficção. Também gosto de filmar e editar filmes, é como criar uma ficção com os elementos reais, que a partir dessa intervenção ganha uma nova realidade”, conta. Quando compõe, o processo é similar. Gunnar mescla palavras e sons em busca de uma nova canção, uma nova história para cantar. “Sou muito introspectivo, fico observando a vida, as pessoas, os gestos, os sentimentos, e a partir dessa observação e de longos períodos sozinho, começo a compor as músicas.”

Outros sons – A música ainda envolve outro prazer, o de pesquisar artistas pouco conhecidos e compartilhá-los com os amigos. “Muitas vezes recebo amigos pra escutar música em casa, vou mostrando os discos, vamos ouvindo e comentando as músicas.”

Fotos: Rogério Vieira

O lado B dos discos tem seu valor na trilha sonora de Gunnar, até mesmo quando a obra é seu próprio trabalho. “O meu disco ‘Circo Incandescente’ tem um ‘lado B’ do meio pro fim, que é uma parte mais triste e intimista do disco.”

Dentro da capa – A serenidade criativa sempre fez parte da personalidade de Gunnar. Ficar quieto, observar e criar um mundo à parte em sua cabeça é algo natural para ele. Na adolescência, época em que começou a tocar violão, o universo interno do artista já tomava forma de canções. Para surpresa do cantor, suas músicas agradavam cada vez mais gente. Hoje, a beleza interior de Gunnar pode ser conhecida em seu primeiro CD, Circo Incandescente. “Compor é uma atividade completamente introspectiva e quase sempre solitária. Sem esse mergulho pra dentro de mim, não acho que seria possível compor.”

Gunnar Vargas lança o CD Circo Incandescente em São Paulo, no Sesc Vila Mariana, sexta, 10 de junho, às 20h30.


Moska é todo lado B

Lado BMoska é compositor. Também é cantor, apresentador, fotógrafo, ator… Mas não é somente o lado A do artista que reúne múltiplos talentos. Aptidão e sensibilidade também fazem parte do seu lado B. “Acho que sou um ‘homem lado B’ (rs)… gosto de tanta coisa diferente que acabei não me especializando em nenhuma. A atividade em que mais me ocupo profissionalmente é mesmo a música, mas ter múltiplas atividades é o que me equilibra. E por viver basicamente de música, cada vez menos ocupo meu tempo com ela”, conta.

Composições – No dia a dia, dentro de casa, as habilidades de Moska também têm seu espaço. “Quando estou em casa eu cozinho, fotografo, filmo, leio, cuido dos filhos e das plantas, namoro minha mulher, e escrevo poemas e canções… costumo dizer que não gosto muito de nada, mas em compensação gosto um pouco de tudo. Me vejo como um compositor, no sentido em que ‘compor’ é juntar coisas. Não saberia compor uma canção sem minhas outras ‘atividades’.”

Coleção – Na infância, o gosto dele pela diversidade já dava sinais do que viria pela frente. A coleção do então garoto abrigava uma série de objetos: tampa de garrafa, maços de cigarro, chaveiro, copos, selos, cartões postais, moedas, bottons, tickets de entrada de shows etc.

Fotos: divulgação

Bagunça? Nada disso. O pequeno Moska organizava tudo, catalogando cada item das coleções. Entre as informações, ele anotava a origem de cada objeto, o país e o local encontrado. “Sempre fui curioso e nunca me imaginei um especialista”, diz. “Me formei em teatro, trabalhei com cinema, frequentei grupos de filosofia e andei pelo mundo, sempre atento às diferenças, com a tranquilidade de saber que não sabia nada, mas afirmando isso com a intenção de quem sabe tudo.”

Dois lados – Curioso para saber por que o lado B de Moska é indispensável para ele? “Porque eu mesmo sou uma composição deles todos, às vezes mais pra um lado, outras pra um outro, mas sempre oscilando e misturando as impressões de cada lado, buscando a adequação satisfatória, o deleite, o enlevo da poesia.”

Moska inaugura a série "Solos e Acústicos" no Sesc Belenzinho, em São Paulo, no próximo fim de semana. Dias 7 (sexta) e 8 (sábado) de janeiro às 21h30.